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Durante o desenvolvimento de projetos nos/dos/com os cotidianos das escolas e outros 'espaçostempos' educativos, foi se impondo ao GRPESQ "Currículo e cotidiano da escola", formado pelos grupos de pesquisa coordenados por Nilda Alves e Inês Barbosa de Oliveira, a importância das imagens nas pesquisas que desenvolviam.
Essas imagens – fotografias de professoras e professores; fotografias de fotógrafos conhecidos; quadros de pintores de diversas épocas e nacionalidades – iam sendo acumuladas graças aos membros das duas equipes de pesquisa e graças aos/às colegas professores/professoras que junto às lembranças de escola que nos contavam, traziam suas fotografias para nos mostrarem.
Além disso, contou também com a ajuda de pesquisadores/pesquisadoras que ao verem uma imagem ou ao produzirem uma fotografia, lembravam do que estávamos fazendo – Vera Candau e Marcos Reigota foram alguns desses - junto a colegas que assistindo nossas palestras ou lendo artigos que escrevíamos sentiam-se motivados a nos entregarem algumas imagens – Maria Luiza Tindó é um deles. O acervo foi ficando grande e exigiu sua organização, ao mesmo tempo, que o interesse de outros pesquisadores e pesquisadoras brasileiros/as por essa questão nos era indicado, quando participávamos de encontros e reuniões científicas.
Um projeto foi produzido e, apresentado ao PRONEX, foi financiado (CNPq/FAPERJ). Nesse projeto, estavam unidos os grupos coordenados por Nilda Alves, Inês Barbosa de Oliveira e Ana Chrystina Mignot, cujos acervos, estão nessa primeira fase do banco.
A realização dos seminários internos em novembro de 2001 e em setembro de 2003 – mostrou, no entanto que outras possibilidades existiam quanto ao uso de imagem em pesquisa no campo da Educação, no PROPEd e na Faculdade de Educação. Para a segunda fase, com outros professores e professoras e com a produção de alunos e alunas do PROPEd, o acervo será ainda maior. Os pesquisadores interessados na educação, nos diversos 'espaçostempos' em que se realiza, poderão contar com acervos digitalizados, organizados em eixos diferenciados.
A grande dificuldade, ainda não resolvida, é a de direitos: de imagem e de autoria. Alguma coisa existe já publicada sobre isto, mas a legislação continua genérica e pouco clara. Por exemplo: os pesquisadores para obterem uma fotografia, em um determinado acervo, e fazê-la publicar em artigo de circulação restrita, pagam o mesmo que um publicitário que queira essa imagem para uma grande campanha publicitária. Essa é uma preocupação que vem mobilizando os grupos reunidos no Laboratório e que estão organizando este banco.
Ao passarmos à prática de publicação e organização das imagens para a criação do Banco de Imagens, vimos que temos que nos preocupar seriamente com esta questão!
Por isso mesmo, as imagens acessíveis ao público no acervo do banco são poucas – servem só para indicar o que existe acumulado. Mas elas estão disponíveis no Laboratório Educação e Imagem, para o pesquisador que a quiser incorporar à sua pesquisa, em CD Rom's para uso, através de consultas, no Laboratório.
Queremos, no entanto, que o acervo reunido e organizado neste banco de imagens permita o encontro cada vez mais frequente de grupos de pesquisa nos/dos/com os cotidianos educativos da escola e fora dela, bem como, de 'praticantes dos cotidianos', pois sabemos que desses/nesses encontros vai sendo tecida uma história da escola e de outros 'espaçostempos' educativos diferente da história oficial que está mais perto das possibilidades de mudanças porque incorpora as necessidades desses praticantes e os usos que fazem do que lhes dizem para fazer. |
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